Estrutura de uma Monografia Passo a Passo

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Estrutura de uma Monografia

A monografia é um trabalho acadêmico de longo prazo. Com ela, se avalia o desempenho de estudantes de graduação ou de pós-graduação da modalidade Especialização lato sensu.

Se você está se sentindo um tanto perdido, calma! Aqui você encontra toda a instrução de que precisa.

 

Passo a passo, a estrutura de uma monografia

A estrutura de uma monografia segue aquela de um artigo científico. As sessões que existem em uma monografia são agrupadas nos elementos que ficam nas categorias:

  • Pré-textuais
  • Textuais
  • Pós-textuais

 

Os elementos pré-textuais incluem os dados do trabalho. Por exemplo, título, autor/autores e resumo. Esse último pode vir ou não seguido do Abstract, que é o resumo traduzido para o inglês.

 

Os elementos textuais compõem o “esqueleto” da monografia:

  • Introdução
  • Desenvolvimento
  • Considerações Finais

 

Os elementos pós-textuais vêm depois dos textuais. Eles são compostos por itens obrigatórios (Referências) e não obrigatórios (Glossário, Apêndice e Agradecimentos).

 

Como definir o tema da monografia?

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projeto de monografia

 

Quando se está na graduação, é natural ter mais dificuldade para encontrar um tema. Conhecemos pouco do mercado de trabalho, temos uma ideia um tanto romântica do que é fazer pesquisa.

O problema é que a maioria dos graduandos só se envolve com o tema da monografia no final do curso. Nos últimos períodos, a quantidade de atividades acadêmicas aumenta muito e as cobranças são mais frequentes. Seja esperto e fique atento ao que chega até você através das disciplinas desde o início do curso. Faça buscas de artigos científicos em sites como Google Acadêmico [https://scholar.google.com.br/] e Scielo [http://www.scielo.org/php/index.php].

Nossa sugestão é que você leia artigos que abordem assuntos relacionados com algumas disciplinas que você gosta. Aquelas matérias nas quais você não tem que fazer muito esforço para aprender. Por exemplo, sua graduação é na área da Saúde e você gosta das disciplinas Bioquímica e Fisiologia Humana. Você pode ler artigos sobre:

  • Efeitos do sobrepeso e da obesidade sobre a composição do sangue
  • Alterações bioquímicas e fisiológicas de longo prazo em esportistas de alto impacto, como atletas de triátlon.

Você também pode aprender sobre os últimos avanços em cada área do conhecimento ao ler artigos de revistas de divulgação científica. Na Pesquisa Fapesp [http://revistapesquisa.fapesp.br/], por exemplo, você encontra temas atuais como:

  • Técnicas usadas na criação de produtos agrícolas transgênicos
  • Uso de videogames para aumentar a qualidade de vida dos idosos
  • Desafios no uso do bagaço e palha da cana-de-açúcar para produzir etanol
  • Os fatores que mais influenciam a lucratividade das startups.

Enquanto acessa os conteúdos preferidos, faça pequenas anotações. Revise essas anotações de vez em quando. Depois vá selecionando qual o assunto mais preferido e mais viável de se fazer uma pesquisa. Então, comece a se aprofundar nele.

 

Escolha do professor orientador

Você já sabe qual disciplina do curso está mais próxima de um assunto que você gosta bastante. Então, o próximo passo é agendar uma conversa com o professor responsável por essa disciplina. É possível que esse profissional seja seu orientador. Mas pode ser que ele esteja com algum impedimento. Então, se ele não puder aceitar ser seu orientador, agradeça e procure por outro professor.

Durante a conversa mostre que você está interessado em responder uma determinada pergunta. Pergunte ao professor se ele a considera um tema adequado para uma monografia. Ouça com atenção e reflita depois. Professores que já orientaram antes sabem que algumas perguntas são bem complexas para serem respondidas por alguém que está na graduação.

 

Projeto de monografia e cronograma

O projeto de monografia determina as fases desse trabalho acadêmico. Conforme afirmamos antes, essa é uma pesquisa que pode durar meses. Então, o melhor a fazer antes de começar a pesquisa é planejar como e quando cada etapa será executada.

Caso seu orientador não tenha te entregado, peça a ele um modelo de projeto de pesquisa. Escreva um esboço do projeto. Depois entregue ao orientador versões inacabadas para que ele possa ir corrigindo e guiando você na direção correta. Você também pode perguntar a ex-alunos ou estudantes de pós-graduação sobre o material em que eles se basearam para elaborar o projeto de pesquisa.

Tanto a pergunta que será respondida na monografia quanto os métodos usados para tentar responde-la precisam de análise cuidadosa. Então, não crie a expectativa de que com apenas uma conversa com seu orientador todos os detalhes estarão definidos. Se o orientador está quase sempre fora da instituição de ensino, combine com ele uma forma de tirar dúvidas: bilhetes em papel, mensagens de email, diálogos por aplicativos. O mais importante é não permanecer com a dúvida por muito tempo, pois ela cria um impasse. E você não pode se dar ao luxo de perder tempo.

O projeto ficou pronto? Então, chegou a hora de botar a mão na massa! Não se esqueça que você, graduando, conduz uma pesquisa acadêmica mais longa pela primeira vez. Portanto, está mais propenso a cometer erros do que alguém que já fez isso antes. Está lembrado do cronograma? Sim, aquela tabela no final do projeto de pesquisa que lista as quinzenas ou meses e as atividades para cada período!

Pois é, esse cronograma deve ser seguido. É natural que algumas tarefas não saiam como esperadas. No entanto, o orientador precisa estar ciente do andamento das atividades. Se combinou com ele através do cronograma reuniões quinzenais, por exemplo, apareça e ofereça explicações.

 

Desenvolvimento da monografia

Redigir uma monografia é uma atividade exaustiva. Ela deve ser feita aos poucos. Também nesse caso o cronograma ajuda, pois ele indica quando a redação deve começar. Perceba que entregar a monografia para a banca examinadora com um prazo curto para leitura é uma atitude que não será bem vista.

Comece a criar o corpo da monografia pela sessão com a qual você carrega mais proximidade: Material e Métodos. Você executou os procedimentos práticos, de forma que sabe tudo sobre eles.

Os únicos métodos usados foram buscas de artigos na internet? Tudo bem. Descreva quais sites consultou, indique o primeiro e o último dia de consulta, deixe claro quais foram os critérios que usou para incluir e excluir observações na amostra.

Aqui também vale muito a dica de apresentar versões inacabadas para o orientador. Enviando versões incompletas (faltando os trechos que você tem mais dúvida), você não investe tempo em redigir frases que serão apagadas ou mudadas radicalmente.

Evite incorreções. Trabalhe na versão e deixe-a “descansando” por uns dois dias. Quando retomar, seu cérebro estará em outra vibe e você vai ler o que produziu como se fosse outra pessoa. Corrija erros como esses:

  • Parágrafos de uma linha só

A primeira frase de um parágrafo tem a função de introduzir um determinado assunto. Na segunda frase, você desenvolve mais esse assunto. Portanto, não faz sentido iniciar a introdução do assunto e separar o desenvolvimento dele em outro parágrafo.

  • Uso de adjetivos e advérbios, especialmente em uma única frase

A linguagem acadêmica é objetiva e dispensa impressões pessoais. Então, evite qualitativos subjetivos como bom, mau, bonito, extravagante, etc. Além disso, se usar um adjetivo, não use outro na sequência. E nada de usar palavras como lamentavelmente, incansavelmente, prudentemente.

  • Excesso de impessoalidade

A regra de que na linguagem científica só se aceita sujeito indeterminado já caiu há tempos. Frases como “Aplicou-se a dose…”, “Refez-se o teste…” quando escritas em excesso transmitem a impressão de que você não fez o trabalho. Portanto, está se recusando a se envolver com ele. Além disso, as frases com sujeito indefinido tendem a dificultar o entendimento pelo leitor. Use verbos no plural, por exemplo, “Determinamos os seguintes critérios…”.

  • Citações e referências bibliográficas incorretas

Antes de citar artigos nos quais se baseou para escrever sua monografia, leia e releia o argumento dos autores. Verifique se está interpretando-o adequadamente. Ao usar et al. para indicar que mais de um autor está sendo citado, faça isso somente se os nomes dos autores estiverem dentro de parágrafos. Quando fora de parágrafos, substitua et al. por “e colaboradores”.

Se as normas de citação bibliográfica que a escola determina são da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), use as normas. Confira se usou com exatidão, fazendo revisões ou pedindo alguém para fazer.

 

Apresentação do TCC

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Apresentação do TCC

A apresentação do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) é uma etapa de grande ansiedade. Além de entregar a monografia em papel, o aluno deve mostrar oralmente como executou o estudo. Pelo menos, muitos programas de graduação avaliam o candidato a concluinte através dos dois formatos de apresentação.

Mas, então TCC e monografia são a mesma coisa? Sim, uma monografia é um dos formatos que o TCC pode assumir [link para Artigo 1]. Para criar a apresentação do seu trabalho, pense bem sobre:

  • Quanto tempo será disponibilizado para você falar
  • Qual o horário do início da apresentação, já que a quantidade de luz natural que incide na sala precisa ser considerada na escolha das cores para os slides
  • O espaço que existe entre a tela e a última fileira de cadeiras. Todos na plateia devem ser capazes de ler as informações, mesmo acomodados longe de você.

Crie uma versão mais enxuta da monografia para servir como seu guia. Ensaie a apresentação, procurando mudar a entonação de voz para atrair a atenção dos ouvintes. Fale bem cada palavra, ande vagarosamente entre os dois lados da tela. Evite usar de modo excessivo as mãos e os braços para enfatizar fatos e circunstâncias.

Depois que sua apresentação terminar, agradeça à banca examinadora. Não se esqueça de agradecer também a presença da plateia. Sente-se para ouvir os comentários da banca e permaneça com um semblante calmo. Mesmo que você escute críticas que não lhe agradem. Lembre-se de que esse é o papel da banca e que passar pela situação é uma oportunidade de aprendizado.

Leia Também: Como fazer uma monografia passo a passo

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